FBI interroga suspeito de tentativa de ataque em voo; ele teria vínculo com Al Qaeda

Interrogatório estaria dando bons resultados


O nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23, suspeito de uma tentativa de ataque terrorista em um voo com destino a Detroit (EUA), está "falando muito" ao FBI (polícia federal americana), informa neste sábado a rede de TV americana CNN, que cita um oficial americano ligado à investigação. A tentativa de ataque deixou duas pessoas levemente feridas nesta sexta-feira.

Abdulmutallab teria confessado seus vínculos informais com a rede terrorista Al Qaeda, embora a impressão inicial dos investigadores é de que ele agiu sozinho.

O nigeriano tentou detonar um pequeno explosivo no voo da Northwest Airlines que seguia da Nigéria para os EUA, com escala em Amsterdã. Segundo relata o jornal "Washington Post", que cita autoridades federais, ele teria colado um material na sua perna e então utilizado uma seringa para misturar produtos químicos com um pó, já a bordo do avião.

Ao fazê-lo, contudo, ele teria se incendiado. As pessoas a bordo logo sentiram um cheiro de fumaça e barulho semelhante a fogos de artifício.

Com a ajuda de um tripulante, um passageiro rapidamente se jogou em cima do nigeriano, o dominou e isolou, segundo relatou o passageiro Syed Jafry à CNN. Ele estava sentado três fileiras atrás do suspeito. "Houve pânico generalizado", relata.

O avião conseguiu aterrissar de maneira segura, aproximadamente às 13h desta sexta-feira (horário local).

Sob custódia, Abdulmutallab está sendo tratado para queimaduras de segundo e terceiro grau em suas coxas, segundo autoridades americanas. A Casa Branca considerou o ato uma tentativa de ataque terrorista.

O FBI está encarregado de investigar o incidente. Embora Abdulmutallab não estivesse em nenhuma lista de restrição para voos, seu nome apareceu nos arquivos da inteligência por vínculos suspeitos de terrorismo.

Segundo as redes de TV ABC e NBC, Abdulmutallab estuda engenharia na University College London. Ele disse as autoridades que tem laços com a Al Qaeda e que viajou ao Iêmen para pegar o equipamento incendiário e instruções de como utilizá-lo.

As autoridades, contudo, ainda têm que checar estas alegações e devem fazer muitos outros interrogatórios antes de determinar se as revelações do nigeriano são credíveis.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que passa férias com a família no Havaí, ordenou reforço da segurança aérea após ser informado do incidente por meio de sua equipe de segurança nacional.



Fontes: FOLHA - Agências

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